domingo, 9 de setembro de 2012

Casca de banana remove metais da água

As toneladas de casca de banana jogadas no lixo pelos brasileiros, ajudando na superlotação dos aterros, podem ter um destino muito mais nobre: a despoluição da água contaminada pelas indústrias por metais pesados. Foi o que descobriu, em sua tese de mestrado, a química paulista Milena Boniolo, que agora procura pequenas empresas dispostas a aplicar a técnica.

Pesquisa realizada neste ano, pela Fundação SOS Mata Atlântica, apontou que, atualmente, todos os cursos d’água do Brasil estão poluídos, entre outros resíduos, por conta dos metais pesados jogados na água pelas indústrias do país. A situação não é boa e, ironicamente, podemos estar jogando fora, todos os dias, toneladas de um dos resíduos mais promissores no processo de despoluição da água contaminada por efluentes radioativos: a casca da banana

A descoberta foi feita pela química brasileira Milena Boniolo, especialista em tratamento de águas residuárias, que garante que o uso da casca da banana para livrar a água de metais pesados é uma das opções mais viáveis e baratas para as indústrias nacionais.


A reação química acontece porque a casca da banana possui moléculas de carga negativa que atraem para si substâncias carregadas positivamente, como os metais pesados. 

O processo é simples. Para potencializar as propriedades da casca da banana é preciso deixá-la exposta ao sol por dias e, em seguida, triturá-la e peneirá-la. A farofa que se forma é colocada na água para atrair para si os metais pesados como o  urânio e outros metais pesados que impactam a saúde humana e o meio ambiente, como o cádmio, o níquelchumbo e o cobre.


Metade do Brasil não tem esgotamento sanitário

O Dia Mundial da Água - 22 de março - serve mais de alerta do que propriamente para comemoração no Brasil, quando se trata de esgotamento sanitário, apesar de melhoria relativa apresentada em vários municípios brasileiros, nos últimos anos. O país apresenta desempenho pífio, nesta área, de acordo com os percentuais de cobertura registrados pela PNSB – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008. Apenas 55,2% dos municípios mantêm coleta de esgoto pela rede geral e 1/3 fazem o tratamento. As populações mais vulneráveis ficam em regiões periféricas e nas zonas rurais, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Com esse quadro, fica difícil se atingir as metas dosODM – Objetivo de Desenvolvimento do Milênio, da ONU – Organização das Nações Unidas*, até 2015.Entre as metas, está reduzir em 2/3 a mortalidade infantil de crianças menores de cinco anos, e à metade, a proporção da população sem acesso permanente e sustentável à água potável segura e esgotamento sanitário, entre 1990 e 2015.No 4º Relatório Nacional de Acompanhamento dos ODM do final do ano passado, consta que o Brasil urbano mantém indicadores abaixo de países como Jamaica, República Dominicana e Territórios Palestinos. Já a área rural é comparada às africanas. O país ainda tem um longo caminho para efetivar as propostas constantes na Política Nacional de Saneamento Básico*, de 2007. O Ministério das Cidades atualmente elabora o Plano Nacional, para implementar a legislação. Enquanto isso, mantém campanha de sensibilização dos municípios, por meio do Plano de Saneamento Básico Participativo*. 

Conscientização

De acordo com  estudos e pesquisas do PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o desperdício mundial, médio, de 1.500 km³ de água, anualmente. Essa água que “jogamos fora” poderia ser consumida com mais respeito e ainda ser muito bem reaproveitada para a produção de energia ou irrigação. Nos países em desenvolvimento, o estrago é ainda maior: 80% da água potável é tratada de forma incorreta. 

 A superfície de nosso planeta é constituída por apenas 30% de terra, os 70% são de água, mas nem toda essa água está disponível para o consumo, 97% são de água salgada e apenas 3% de água doce.



Em 2050, seremos mais de 9 bilhões de pessoas no mundo e, hoje, já consumimos 30% a mais do que os recursos naturais existentes permitem. Segundo a ONU, até 2025, dois bilhões e setecentos milhões de pessoas vão sofrer severamente com a falta de água.

Poluição é responsável por 5 milhões de mortes por ano

Segundo a Organização Mundial de Saúde, no Brasil, morrem atualmente 29 pessoas/dia por doenças decorrentes da qualidade da água e do não tratamento de esgotos e estima-se que cerca de 70% dos leitos dos hospitais estão ocupados por pessoas que contraíram doenças transmitidas pela água.

Um litro de esgoto lançado em um rio deixa centenas litros de água impróprios para consumo. Esse tipo de poluição é responsável por 5 milhões de mortes por ano, causadas por doenças como a cólera e a disenteria. A degradação de nossos recursos  hídricos também está diretamente ligada com os desmatamentos, causados pela mineração e pela urbanização. Isso tudo é resultado da irresponsabilidade dos governos, das indústrias e até mesmo da sociedade, que durante anos não respeitaram as legislações ambientais.






Moringa



Da família Moringaceae, a Moringa Oleifera, é uma árvore originária da Índia e atinge cerca de 10 metros de altura.
É pouco exigente quanto ao solo, porém , não resiste a alagamentos prolongados. A Moringa precisa sobretudo de muito sol.
A partir de 7 meses, a planta pode frutificar timidamente, mas, após 2 anos, produz mais de 600 frutos anualmente.

A Técnica de purificação da água

técnica trazida da áfrica em 1994, substitui a utilização da cal e do cimento, usados popularmente para acelerar a decantação da sujeira da água, mas que deixam resíduos químicos tóxicos. O tratamento com o pó da Moringa pode retirar de 90 a 98% das bactérias no processo.
É um processo natural de floculação de baixo custo e extremamente importante para lugares onde não se tem água potável.
Deve ser observado que o uso do tratamento com sementes, assim como o de outros coagulantes naturais e químicos, não produz água purificada.
O risco de infecção pode ser altamente reduzido e a água passa a ser considerada potável. Portanto, alguma forma de desinfecção, tal como fervura, é recomendada.